Mães e familiares de jovens negros mortos por policiais protestam contra a violência com ativistas da Anistia Internacional em frente à Igreja da Candelária, no Rio (Fernando Frazão/Agência Brasil)
A escalada da violência em nosso País está cada vez mais preocupante. Alguns exemplos demonstram isso. Foram impressionantes as cenas que assisti na televisão semana passada, quando um senhor foi assaltado, caminhando no meio da rua, em São Paulo, ao lado de uma moça, presumivelmente pertencente à mesma quadrilha de assaltantes.
Primeiro veio um assaltante por trás desse senhor e com um golpe de mata leão o arrastou até o passeio, derrubando-o ao chão. Em seguida, vieram outros três ou quatro indivíduos e começaram a subtrair os pertences do pobre coitado. A forma como esses ladrões agiram foi terrivelmente animalesca, como se fossem uma matilha, alcateia ou hienas esfomeadas sobre sua presa, cada um procurando o melhor local do corpo do homem para colocar seus dentes e arrancar dele o que pudessem.
Outro exemplo em São Paulo foi quando dois ladrões armados investiram sobre uma senhora, com requintes de crueldade, deram uma rasteira nela levando-a ao chão e um dos bandidos, no intuito de pegar a aliança da senhora, mordeu seus dedos, chegando a quebrar um deles, de nada adiantando os pedidos de socorro feitos por ela.
Inúmeros casos de assaltos e até mesmo assassinatos, feitos por presidiários libertados pelas famosas saidinhas, temos vistos na imprensa. Esses exemplos não nos permite aceitar a fala do nosso ilustre ministro da Justiça, que disse “que a polícia prende mal”, quando na realidade, pelo que vimos, a Justiça é que libera mal!
Esses episódios dantescos refletem a situação em que se encontra a violência no País, motivada pela falta de emprego, de moradia, de educação e assim vai. Infelizmente sabemos que projetos no sentido de amenizar esses problemas são demorados e levam tempo para se concretizar.
Há necessidade, portanto, que planos governamentais e providências policiais emergentes sejam colocados em prática no sentido de reduzir essa violência deixando a população livre dessa bandidagem, a exemplo do que fez tempos atrás o prefeito de Nova Iorque com o plano Tolerância Zero, diminuindo drasticamente a violência naquela cidade. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) parece que já iniciou esse projeto. Esperamos que obtenha sucesso!
Em paralelo, a médio e longo prazo, os governos municipais, estaduais e a União devem unir esforços para aprovarem projetos incentivando a implantação de empresas industriais, comerciais e de serviços, no sentido de criar emprego e renda para os trabalhadores, bem como, investimentos em infraestrutura, saúde, segurança pública, saneamento básico, habitação e educação. Só assim esse País vai se desenvolver e propiciar melhores condições de vida para os seus habitantes.
*Economista