(Adobe Stock/ Arquivo)
Quando nos aproximamos do fim de mais um ano, é natural refletirmos sobre nossas experiências, metas e desafios. Recentemente, tive a oportunidade de ler “O Jeito Harvard de Ser Feliz”, de Shawn Achor, e me deparei com uma ideia fascinante: o “Efeito Tetris”. Esse conceito, inspirado no famoso jogo, nos mostra como pequenos ajustes na maneira como enxergamos o mundo podem transformar nossa realidade. E nesse momento de reflexão e procurando não dizer mais do mesmo, talvez essa seja a mensagem mais valiosa que poderei compartilhar para o próximo ano.
Em resumo, o Efeito Tetris baseia-se na capacidade do cérebro humano de identificar padrões. No jogo, o objetivo é organizar as peças que descem de forma aleatória, criando combinações perfeitas. Olhando de maneira mais atenta verificamos que na vida funciona de maneira semelhante: podemos treinar nossa mente para enxergar oportunidades e soluções, mesmo diante de desafios. Não se trata de ignorar problemas, mas de redirecionar nosso foco para aquilo que é construtivo, positivo e promissor.
Mas como aplicar isso no dia a dia? Shawn Achor, entre outras lições, sugere um exercício simples: ao final de cada dia, dedique alguns minutos para registrar três coisas boas que aconteceram. Não precisam ser grandes realizações; às vezes, um sorriso compartilhado, um momento de tranquilidade ou um elogio inesperado são suficientes. Esse hábito não apenas ajuda a reprogramar o cérebro para encontrar o positivo com mais frequência como também cria uma sensação de gratidão e contentamento.
Pesquisas mostram que focar no positivo aumenta a resiliência, reduz o estresse e melhora a saúde mental. Com o tempo, o cérebro passa a priorizar o que traz benefícios, tornando-se mais ágil em lidar com adversidades. Essa mudança de perspectiva não é apenas individual — pode impactar relações, ambientes de trabalho e comunidades inteiras, promovendo um ciclo virtuoso de crescimento e colaboração.
Ao adotar o Efeito Tetris em nossas vidas, não estamos negando a existência de desafios. Pelo contrário, aprendemos a enfrentá-los com mais criatividade e assertividade. Essa abordagem nos lembra que, mesmo nos momentos mais difíceis, existem aspectos positivos a serem valorizados. Enxergar o mundo com essa lente não é uma questão de otimismo ingênuo, mas de construir uma mentalidade que favoreça soluções e promova bem-estar.
Que tal aproveitar a chegada do novo ano para experimentar essa mudança? Dedique-se a enxergar as pequenas vitórias e os momentos de alegria que compõem seu dia. Assim como no Tetris, você perceberá que os padrões começam a se alinhar e formar uma realidade mais harmoniosa e significativa. A felicidade, como ensina Achor, é o ponto de partida para o sucesso — e nunca o destino final.
Neste último texto do ano, deixo o convite para que você reflita sobre como pequenas mudanças de perspectiva podem transformar sua vida. Que possamos entrar no próximo ano com os olhos mais abertos para o positivo e o coração cheio de esperança. Afinal, como bem nos lembra o Efeito Tetris, há sempre algo bom esperando para ser descoberto.
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